segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Desilusão



Se os frutos da tua ilusão não adoçam tua boca,
Aprende que as palavras mais sinceras vertem mel.
Que o ouvir consegue transpor o amargo da boca que muito fala.

Se teu coração anda árido e sem expectativas de germinação,
Aprende que o amor dispensa dilúvios.
Que uma gota de esperança é suficiente para germiná-lo.

Se teu corpo clama por carinho que o aqueça,
Aprende que o frio de uma noite não tira o calor do dia seguinte.
Que basta um ponto de luz para iluminar toda uma sala.

Se com tudo isso a vida continuar sem sentido,
Amarra teu anzol ao sol.
Vais pescar calor para teu corpo, doces palavras que irão renovar teu coração.

Mas precisará ter disposição para mudar o céu de tua ilusão
Na velocidade dos ponteiros do relógio.


Moacir Willmondes




3 comentários:

  1. Esse é o Willmondes que eu conheço: lindo, sensível e realista.

    Não lhe falte a bênção do Senhor.

    Elaine Cândida

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  2. Fiquei triste com sua ausência, saí a sua procura pra dizer-lhe isto e deixo aqui registrado a minha saudade. Felicidades e breve regresso.

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