sábado, 1 de janeiro de 2011

Ano Novo


Mas um ano que se finda e este não deixará saudades, enterro com ele muitas coisas importantes que felizmente chegaram a termo.

Nesta noite de sexta em que me encontro só, paro para pensar na vida e no que ela se transformou e no que ainda terei pela frente...

Sento em frente a meu computador e começo a olhar algumas fotos; paro distraída em frente a uma pasta com imagens de montanhas; sinto uma saudade incontrolável de algo que não sei explicar. Aquelas paragens têm o poder de acalmar minha alma; transmitem uma energia diferente e me fazem ficar ainda mais introspectiva.

Quase consigo sentir o cheiro e a umidade, meu coração anseia por isso e nessa hora encontra a paz. Quantas vezes brinco dizendo que nasci no lugar errado, não sou fã de calor, poucas vezes gosto de ficar suada (se é que me entendem rs*).

Amo o frio, talvez porque em mim carregue o fogo consumidor, aqueles que se atreveram a experimentar da minha companhia entendem o que digo; filhas, amigos, familiares, amores creio que todos compreendem a extensão disso. Este fogo tanto aquece quanto queima; a medida sempre depende de quem o recebe.

Vivo intensamente me dou completamente àqueles que estão a meu lado, creio que é na simplicidade que conquistamos as pessoas, quando nos lembramos de coisas boas aquelas que realmente marcam nossas vidas, são as pequenas delicadezas do dia-a-dia que primeiro vêm à memória.

Um telefonema inesperado no meio do dia, um pequeno mimo fora de datas especiais, o amado lembrar-se daquilo que gostamos, as atitudes tomadas para nos auxiliar sem que houvéssemos pedido...

Enfim, não sei amar pela metade, sou intensa demais, confio nas pessoas, e por isso prefiro ficar só, a não mais confiar. Ao refletir na complexidade deste pensamento, percebo que tal decisão implica em alguma dor, tudo bem (No pain no gain), nem sempre conseguimos fazer e ter tudo o que queremos.

Acredito que aceitar as perdas da mesma forma que ficamos felizes com as conquistas é sinal que aprendemos a viver.

Isso me fez lembrar de um pequeno texto que li em algum lugar e era mais ou menos assim:

Hoje descobri o significado das bananas.

A banana podre é a vida que passou e não foi aproveitada no momento certo, agora é tarde demais.

A banana verde é a vida que ainda não aconteceu, é preciso esperar o momento certo.

Finalmente, chegou à vez da banana madura, e este é o momento presente. Saiba vivê-lo sem medo...

Como dizia meu querido Cazuza: "O tempo não pára".

Como saber o que a vida pode nos proporcionar no futuro? Não temos como saber. Mas temos sempre opções.

Eu decidi que serei feliz e realizarei todos (TODOS) os meus sonhos, serei um rolo compressor, nada me deterá.

Tudo a nossa volta está mudando constantemente. A cada dia, o sol ilumina um mundo novo. Aquilo que chamamos rotina está repleto de novas propostas e oportunidades. Mas não percebemos que cada dia é diferente do anterior.

Hoje, em algum lugar, um tesouro o espera. Pode ser um pequeno sorriso, pode ser uma grande conquista – não importa. A vida é feita de pequenos e grandes milagres. Nada é aborrecido, porque tudo muda constantemente. O tédio não está no mundo, mas na maneira como o vemos”.

Como escreveu o poeta T.S Eliot: “Percorrer muitas estradas, voltar para casa e olhar tudo como se fosse pela primeira vez”

2011 me aguarde!

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