domingo, 25 de novembro de 2012

Há quem interessar possa...



Nesta noite chuvosa, venho aqui informar que não tenho dedicado muito tempo a este cantinho, entretanto como as ondas do mar que vão e veem quero que saibam que não me afastarei totalmente, ainda que não possa aqui estar diariamente, vez por outra aparecerei...

Momentos há em que o silêncio fala mais alto e profundamente que mil palavras...

Beijos a vocês pessoas lindas!

Wilkatia Vieira

sábado, 10 de novembro de 2012

"O que valeu a pena hoje?"




Sempre tem alguma coisa. Um telefonema. Um filme… 
Paulo Mendes Campos, em uma de suas crônicas reunidas no livro “O Amor Acaba”, diz que devemos nos empenhar em não deixar o dia partir inutilmente. Eu tenho, há anos, isso como lema. É pieguice, mas antes de dormir, quando o dia que passou está dando o prefixo e saindo do ar, eu penso: o que valeu a pena hoje? Sempre tem alguma coisa. 
Uma proposta de trabalho. Um telefonema. Um filme. Um corte de cabelo que deu certo. Até uma briga pode ter sido útil, caso tenha iluminado o que andava escuro dentro da gente. 

Já para algumas pessoas, ganhar o dia é ganhar mesmo: 
ganhar um aumento, ganhar na loteria, ganhar um pedido de casamento, ganhar uma licitação, ganhar uma partida. Mas para quem valoriza apenas as megavitórias, sobram centenas de outros dias em que, aparentemente, nada acontece, e geralmente são essas pessoas que vivem dizendo que a vida não é boa, e seguem cultivando sua angústia existencial com carinho e uísque, mesmo já tendo seu superapartamento, sua bela esposa, seu carro do ano e um salário aditivado. Nas últimas semanas, meus dias foram salvos por detalhes. Uma segunda-feira valeu por um programa de rádio que fez um tributo aos Beatles e que me arrepiou, me transportou para uma época legal da vida, me fez querer dividir aquele momento com pessoas que são importantes pra mim. 

Na terça, meu dia não foi em vão porque uma pessoa que
amo muito recebeu um diagnóstico positivo de uma doença que poderia ser mais séria. 
Na quarta, o dia foi ganho porque o aluno de uma escola me pediu para tirar uma foto com ele. Na quinta, uma amiga que eu não via há meses ligou me convidando para almoçar. 
Na sexta, o dia não partiu inutilmente, só por causa de um cachorro-quente. 

E assim correm os dias, presenteando a gente com uma música, um crepúsculo,
um instante especial que acaba compensando 24 horas banais. Claro que tem dias que não servem pra nada, dias em que ninguém nos surpreende, o trabalho não rende e as horas se arrastam melancólicas, sem falar naqueles dias em que tudo dá errado: batemos o carro, perdemos um cliente e o encontro da noite é desmarcado. 

Pois estou pra dizer que até a tristeza pode tornar um dia especial, só que não ficaremos sabendo disso na hora, e sim lá adiante, naquele lugar chamado futuro, onde tudo se justifica. É muita condescendência com o cotidiano, eu sei, mas não deixar o dia de hoje partir inutilmente é o único meio de a gente aguardar com entusiasmo o dia de amanhã…


Martha Medeiros 

Silêncio




Se você não consegue entender o meu silêncio de nada irá adiantar as palavras, pois é no silêncio das minhas palavras que estão todos os meus maiores sentimentos.

Oscar Wild


terça-feira, 25 de setembro de 2012

Heróis de verdade


Em Heróis de verdade, o escritor combate a supervalorização da aparência e diz que falta ao Brasil competência, e não auto-estima.
Camilo Vannuchi
Observador contumaz das manias humanas, Roberto Shinyashiki está cansado dos jogos de aparência que tomaram conta das corporações e das famílias. Nas entrevistas de emprego, por exemplo, os candidatos repetem o que imaginam que deve ser dito. Num teatro constante, são todos felizes, motivados, corretos, embora muitas vezes pequem na competência. Dizem-se perfeccionistas: ninguém comete falhas, ninguém erra. Como Álvaro de Campos (heterônimo de Fernando Pessoa) em Poema em linha reta, o psiquiatra não compartilha da síndrome de super-heróis. “Nunca conheci quem tivesse levado porrada na vida (...) Toda a gente que eu conheço e que fala comigo nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho, nunca foi senão príncipe”, dizem os versos que o inspiraram a escrever Heróis de verdade (Editora Gente, 168 págs., R$ 25). Farto de semideuses, Roberto Shinyashiki faz soar seu alerta por uma mudança de atitude. “O mundo precisa de pessoas mais simples e verdadeiras.”

Quem são os heróis de verdade?
Roberto Shinyashiki - Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado,viajar de primeira classe. O mundo define que poucas pessoas deram certo. Isso é uma loucura. Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegaram a ser gerentes. E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados. Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não valeu a pena porque não conseguiu ter o carro nem a casa maravilhosa. Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa possa se orgulhar da mãe. O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes. Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros. São pessoas que sabem pedir desculpas e admitir que erraram.
Istoé - O sr. citaria exemplos? 
Roberto Shinyashiki - Dona Zilda Arns, que não vai a determinados programas de tevê nem aparece de Cartier, mas está salvando milhões de pessoas. Quando eu nasci, minha mãe era empregada doméstica e meu pai, órfão aos sete anos, empregado em uma farmácia. Morávamos em um bairro miserável em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus heróis. Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem. Acho lindo quando o Cafu põe uma camisa em que está escrito “100% Jardim Irene”. É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes. O resultado é um mundo vítima da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana. Em países como Japão, Suécia e Noruega, há mais suicídio do que homicídio. Por que tanta gente se mata? Parte da culpa está na depressão das aparências, que acomete a mulher que, embora não ame mais o marido, mantém o casamento, ou o homem que passa décadas em um emprego que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.
Istoé - Qual o resultado disso?
Roberto Shinyashiki - Paranóia e depressão cada vez mais precoces. O pai quer preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês, informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece. A única coisa que prepara uma criança para o futuro é ela poder ser criança. Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos. Essas crianças serão adultos inseguros e terão discursos hipócritas. Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.

Istoé - Por quê?
Roberto Shinyashiki - O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar pelo processo de recrutamento. É contratado o sujeito com mais marketing pessoal. As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência. Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas as minhas perguntas com uma ou duas palavras. Disse que ela não parecia demonstrar interesse. Ela me respondeu estar muito interessada, mas, como falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa. Até porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações públicas. Contratei na hora. Num processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.

Istoé - Há um script estabelecido?

Roberto Shinyashiki - Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um presidente de multinacional no programa O aprendiz?

“Qual é seu defeito?” Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal: “Eu mergulho de cabeça na empresa. Preciso aprender a relaxar.”

É exatamente o que o chefe quer escutar. Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado ou esquecido?

É contratado quem é bom em conversar, em fingir. Da mesma forma, na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder.

O vice-presidente de uma das maiores empresas do planeta me disse:

“Sabe, Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem mentir.” Isso significa que quem fala a verdade não chega a diretor?

Istoé - Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?

Roberto Shinyashiki - Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se preocupam com o conhecimento. Muitas equipes precisam de motivação, mas o maior problema no Brasil é competência. Cuidado com os burros motivados. Há muita gente motivada fazendo besteira. Não adianta você assumir uma função para a qual não está preparado. Fui cirurgião e me orgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão.

Mas tenho a humildade de reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um caso para o qual eu não estava preparado.

Hoje, o garoto sai da faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia. O Brasil se tornou incompetente e não acordou para isso.

Istoé - Está sobrando auto-estima?

Roberto Shinyashiki - Falta às pessoas a verdadeira auto-estima. Se eu preciso que os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa.

Antes, o ter conseguia substituir o ser. O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para conquistar o respeito do garçom. Hoje, como as pessoas não conseguem nem ser nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer.

As pessoas parece que sabem, parece que fazem, parece que acreditam. E poucos são humildes para confessar que não sabem. Há muitas mulheres solitárias no Brasil que preferem dizer que é melhor assim.

Embora a auto-estima esteja baixa, fazem pose de que está tudo bem.

Istoé - Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos em tudo e de valorizar a aparência?

Roberto Shinyashiki - Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando os heróis. Quem vai salvar o Brasil? O Lula. Quem vai salvar o time? O técnico. Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta.

O problema é que eles não vão salvar nada! Tive um professor de filosofia que dizia: “Quando você quiser entender a essência do ser humano, imagine a rainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham.”

Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia. Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo.

A gente tem de parar de procurar super-heróis. Porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.

Istoé - O conceito muda quando a expectativa não se comprova?

Roberto Shinyashiki - Exatamente. A gente não é super-herói nem superfracassado. A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza. Não há nada de errado nisso. Hoje, as pessoas estão questionando o Lula em parte porque acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram.

A crise será positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própria vida é delas.

Istoé - É comum colocar a culpa nos outros?

Roberto Shinyashiki - Sim. Há uma tendência a reclamar, dar desculpas e acusar alguém. Eu vejo as pessoas escondendo suas humanidades. Todas as empresas definem uma meta de crescimento no começo do ano. O presidente estabelece que a meta é crescer 15%, mas, se perguntar a ele em que está baseada essa expectativa, ele não vai saber responder.

Ele estabelece um valor aleatoriamente, os diretores fingem que é factível e os vendedores já partem do princípio de que a meta não será cumprida e passam a buscar explicações para, no final do ano, justificar. A maioria das metas estabelecidas no Brasil não leva em conta a evolução do setor. É uma chutação total.

Istoé - Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?

Roberto Shinyashiki - Tenho minhas angústias e inseguranças. Mas aceitá-las faz minha vida fluir facilmente. Há várias coisas que eu queria e não consegui.

Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos). Meu filho mais velho nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos. Com uma criança especial, eu aprendi que ou eu a amo do jeito que ela é ou vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse.

Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo. O resto foram apostas e erros. Dia desses apostei na edição de um livro que não deu certo. Um amigão me perguntou: “Quem decidiu publicar esse livro?” Eu respondi que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir.

Istoé - Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?

Roberto Shinyashiki - O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas cederem a essa tirania e tentar evitá-las. São três fraquezas.

A primeira é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é buscar segurança.

Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso desistiram.

Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilo do aluno. Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o Keith Richards.

Os MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates. O que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas próprias potencialidades.

Istoé - Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?

Roberto Shinyashiki - A sociedade quer definir o que é certo. São quatro loucuras da sociedade.

A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele não tivesse significados individuais.

A segunda loucura é: “Você tem de estar feliz todos os dias.

” A terceira é: “Você tem que comprar tudo o que puder.” O resultado é esse consumismo absurdo.

Por fim, a quarta loucura: “Você tem de fazer as coisas do jeito certo.”

Jeito certo não existe. Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade. Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito. Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento. Você precisa ser feliz tomando sorvete, levando os filhos para brincar.

Istoé - O sr. visita mestres na Índia com freqüência. Há alguma parábola que o sr. aprendeu com eles que o ajude a agir?

Roberto Shinyashiki - Quando era recém-formado em São Paulo, trabalhei em um hospital de pacientes terminais. Todos os dias morriam nove ou dez pacientes.

Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte. A maior parte pega o médico pela camisa e diz: “Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora eu quero ser feliz.

” Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas. Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis.

Uma história que aprendi na Índia me ensinou muito. O sujeito fugia de um urso e caiu em um barranco. Conseguiu se pendurar em algumas raízes. O urso tentava pegá-lo. Embaixo, onças pulavam para agarrar seu pé. No maior sufoco, o sujeito olha para o lado e vê um arbusto com um morango. Ele pega o morango, admira sua beleza e o saboreia. Cada vez mais nós temos ursos e onças à nossa volta. Mas é preciso comer os morangos.

Roberto Shinyashiki

Silêncio





Mas - como era antes o meu silêncio, é o que não sei e nunca soube.

Às vezes, olhando um instantâneo tirado na praia ou numa festa, percebia com leve apreensão irônica o que aquele rosto sorridente e escurecido me revelava: um silêncio.

Um silêncio e um destino que me escapavam, eu, fragmento hieroglífico de um império morto ou vivo.

Ao olhar o retrato eu via o mistério. Não. Vou perder o resto do medo do mau-gosto, vou começar meu exercício de coragem, viver não é coragem, saber que se vive é a coragem - e vou dizer que na minha fotografia eu via O Mistério.

A surpresa me tomava de leve, só agora estou sabendo que era uma surpresa o que me tomava: é que nos olhos sorridentes havia um silêncio como só vi em lagos, e como só ouvi no silêncio mesmo.


Clarice Lispector

Ouvir com Atenção


Uma das dificuldades, no inter-relacionamento pessoal, é constituída pela falta de cuidado nas conversações.

As criaturas, dominadas pelos conflitos, perdem, a pouco e pouco, a habilidade para bem ouvir.

Todos desejam falar, atropeladamente, impondo ideias, discutindo temas não pensados, oferecendo informações sem substância, num afã de apresentar-se, de dominar a situação, de t...ornar-se o centro de interesse geral.

Os resultados são os desastres nas relações humanas.

Surgem, então, técnicas que preparam o homem para relacionar-se com o seu próximo; contudo, se ele não se capacita ao esforço de ouvir com serenidade, malogram as belas formulações.

Ouvir é uma arte como outra qualquer que exige interesse e propõe cuidados.

Pode-se ouvir, indiscriminadamente, ruídos, tumultos, sem assimilação de conteúdo.

Os sons ferem os tímpanos, todavia a arte de ouvir as conversas impõe o respeito por quem está falando.

Sem consideração pelo interlocutor, quaisquer assuntos perdem a importância, quando não geram polêmicas inúteis, desagradáveis.

Ouve, sem tensão; mas, com atenção.

Abre-te à conversação sincera, deixando que o outro fale, sem interrupção.

Quando chegar a tua vez, sê conciso, claro e cortês.

A palavra que abençoa, também pode ferir. Sê, pois, zeloso.

Procura ouvir sem preconceito; porém, com respeito.

O que ouças, deve ser digerido, a fim de bem assimilado.

Evita ouvir, discutindo mentalmente, recusando-te, julgando, protestando.

Dominado pelo emocional, perderás o melhor da palavra, confundindo o raciocínio.

Ouve, desse modo, sem ansiedade, sem rebeldia interior.

Quando não entendas o pensamento, pede para que seja repetido; se te não surge clara a idéia, propõe esclarecimento.

O homem fala para melhor entender o seu próximo. Ouvindo-o com equilíbrio, pode dirimir os equívocos e aprender tudo quanto esteja ao alcance.

Convidado a ouvir, despe-te dos "pontos de vista" a que te entregas, a fim de poderes absorver o conteúdo dos pensamentos que te sejam apresentados.

Lentamente perceberás que, ouvindo, redescobrirás mil melodias, palavras e mensagens a que já não davas importância, perdidas no tumulto do que eliminaste por automatismo, deixando de as escutar.

Quem ouve bem, aprende, entesoura e renova-se, sabendo selecionar o que lhe é útil, daquilo que deve ser racionalmente dispensado.

Ouve, portanto, sem perturbação, a fim de lograres precisão.

Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco

 

Sorriso


"Como é bonito um sorriso, ele invade a face e transforma aquele relevo com novas linhas até então ocultas, é como um céu nublado que translada para uma radiante manhã de verão, com brilho intenso, vivo, cálido.

O rosto, outrora firme, ganha maleabilidade com os traços do riso que dão vida e faz dançar a expressão com harmonia. Harmonia esta que apesar de transformar um semblante em outro nos é sutil e efêmero como um raio, que ilumina a mais intensa escuridão com um clarão particular, singelo e límpido.

O sorriso é um mensageiro da alegria e da felicidade, é inerente e irrefutável, não é dúbio como a lágrima que pode ser tanto de prazer quanto de dor.

O sorriso sincero é apenas um, tem apenas um sentido e isso é encantador, poucas coisas neste mundo não evade seu significado e se permitem outras conotações."


Helio Borges Junior

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Que...




Que a vida me inunde de coisas boas...

Como:

Uma música que me leve a ter saudade de bons momentos;

Uma boa xícara de café (bem quente!) para aquecer meu coração;

Um AMIGO(A) querido(a) para dar-me um forte abraço;

Um bolo de chocolate, só porque é o que mais gosto.     ;-)

Um bom perfume para que eu permaneça inesquecível (para alguém);

Uma linda foto para tornar indelével o que o tempo tenta apagar;

A realização de um sonho, para poder contar!!!

Um amor pra compartilhar momentos (bons e ruins);

E DEUS para nunca falhar...

Wilkatia Vieira





Naquela mesa...

Naquela mesa ele sentava sempre

E me dizia sempre, o que é viver melhor.

Naquela mesa ele contava histórias,

Que hoje na memória eu guardo e sei de cor.

Naquela mesa ele juntava gente

E contava contente o que fez de manhã.

E nos seus olhos era tanto brilho,

Que mais que seu filho, eu fiquei seu fã.

Eu não sabia que doía tanto

Uma mesa no canto, uma casa e um jardim.

Se eu soubesse o quanto dói a vida,

Essa dor tão doída não doía assim.

Agora resta uma mesa na sala

E hoje ninguém mais fala no seu bandolim.

Naquela mesa tá faltando ele

E a saudade dele tá doendo em mim.

sábado, 25 de agosto de 2012

Apenas dizem...


Dizem que a primeira impressão é a que fica; mas, também dizem que sem esforço e dedicação diários não há impressão que remanesça. Dizem ainda que palavras são como vozes ao vento, que se distorcem conforme a intensidade; engraçado, porque também dizem que vozes ao vento são ouvidas muito mais longe por muito mais ouvintes. Dizem que as ações são eternizadas num dado momento e que ecoam sem limites pela história do homem; então o que dizer das ações que não são contadas?

 
Dizem que os homens são seres humanos porque são conduzidos pela razão; outros dizem que o são por serem dotados de emoção. Dizem ainda que os homens ou são bons ou são maus; já outros dizem que nenhum homem é sempre bom, ou sempre mau.

Dizem que o amor é incondicional; já dizem também que sem carinho não há amor. Dizem que amar é viver; mas também ouvi dizer que quem vive amando não reconhece o verdadeiro significado de amar. Dizem muitas coisas sobre o amor, mas nunca vi ninguém amando.


Dizem que sem paixão não há motivação; mas me pergunto como é que se tem paixão sem que haja qualquer tipo de motivação? Dizem que quem muito fala pouco faz; mas falar já não é fazer? Dizem que somente Deus pode salvar a alma de um homem, então como esperar que homem salve sua própria alma? Dizem que Deus não existe, mas porque todos que o dizem clamam por ele nos momentos de desespero?


Ouço atentamente tudo o que me dizem e observo o que fazem. Aprendo com os erros alheios e procuro edificar minha trajetória com os acertos, mas sempre preparado para recomeçar. Amo minha vida como se fosse a única, mas reconhecendo a singularidade do eterno. Pratico o bem, defendo o justo e compartilho valores, mas sei que muitas vezes sou e serei cruel, outras injusto e que alguns valores se transformarão com a maturidade ou com o sofrimento já vivido. Evito compartilhá-lo. 
 
Tenho medo... as vezes, muito medo do amanhã; ou medo do anoitecer; medo de decidir; ou medo da dúvida; medo de agir e medo da inércia; mas sempre que sinto medo, sinto-me vivo e é nesse medo que encontro forças para seguir sempre em frente. Nunca recuar, nem para pegar impulso. Nunca parar nem para recuperar o fôlego. Nunca hesitar. Nunca. Acima de tudo sei que sou plenamente imperfeito, mas busco nas minhas imperfeições a razão de me tornar um ser humano melhor.

  


Todde

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Amar

 "Amar é uma das melhores coisas da vida, é um dom que vem do coração de Deus, e não existem limites para viver este sentimento. 
Para amar basta sentir, viver, sonhar. 
O amor é puro, limpo, mágico, desprovido de qualquer preconceito, tabus ou deficiência. 
Quem ama verdadeiramente uma pessoa, não enxerga imperfeições. 
O amor verdadeiro é a entrega de duas almas e dois corações, que juntos se tornam apenas um. 
 
Lucimar Cabral

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Lua




"Mira a lua, porque se você errar, ainda estará entre as estrelas." 

PS. Eu te amo

Amor...

 "Pois de amor andamos todos precisados, em dose tal que nos alegre, nos reumanize, nos corrija, nos dê paciência e esperança, força, capacidade de entender, perdoar, ir para a frente. 
Amor que seja navio, casa, coisa cintilante, que nos vacine contra o feio, o errado, o triste, o mau, o absurdo e o mais que estamos vivendo ou presenciando."

                                                         Carlos Drummond de Andrade

Como vai você?

Como vai você ?
 
Eu preciso saber da sua vida
Peça a alguém pra me contar sobre o seu dia
 
Anoiteceu e eu preciso só saber
Como vai você ?
 
Que já modificou a minha vida
Razão de minha paz já esquecida
Nem sei se gosto mais de mim ou de você

Vem, que a sede de te amar me faz melhor
Eu quero amanhecer ao seu redor
Preciso tanto me fazer feliz...

Vem, que o tempo pode afastar nós dois
Não deixe tanta vida pra depois
Eu só preciso saber
Como vai você
Como vai você ?
 
Que já modificou a minha vida
Razão da minha paz já esquecida
Nem sei se gosto mais de mim ou de você
Vem, que a sede de te amar me faz melhor
 
Eu quero amanhecer ao seu redor
Preciso tanto me fazer feliz
Vem, que o tempo pode afastar nós dois
 
Não deixe tanta vida pra depois
Eu só preciso saber
Como vai você...
 
Roberto Carlos

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Hora certa

Se tu vens por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. 

Quanto mais a hora for chegando, mais me sentirei feliz. 

Ás quatro horas, então, estarei inquieto e agitado: descobrirei o preço da felicidade! 

Mas se tu vens por exemplo a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração… 

É preciso criar rituais.
                                                                    O Pequeno Príncipe

terça-feira, 31 de julho de 2012

Ser feliz!

''Ser feliz é sentir o sabor da água, a brisa no rosto, o cheiro da terra molhada. 
É extrair das pequenas coisas grandes emoções. 
É encontrar todos os dias motivos para sorrir, mesmo se não existirem grandes fatos. 
É rir de suas próprias tolices.
É não desistir de quem se ama, mesmo se houver decepções.
 É ter amigos para repatir as lágrimas e dividir as alegrias.
 
É ser um amigo do dia e um amante do sono. 
É agradecer a Deus pelo espetáculo da vida...''
                                                                       Augusto Cury

Momentos...



E você? Em qual momento está?

domingo, 29 de julho de 2012

Eu escolho Deus

 Senhor, eu nasci pra te chamar de Deus
 

Eu nasci pra te chamar de Pai e andar do Seu lado
Senhor desde o ventre da minha mãe,
Eu sou povo exclusivo seu,
Eu sou abençoado se vivo obediente.
 

Mas todo dia o pecado vêm, me chama
Todo dia as propostas vêm, me chamam
Todo dia vêm as tentações, me chamam
Todo dia o pecado vêm


Mas eu escolho Deus,
Eu escolho ser amigo de Deus
Eu escolho Cristo todo dia,
Já morri pra minha vida e agora eu vivo a vida de Deus


Senhor, eu nasci pra te chamar de amor
Eu nasci pra te chamar de pai e andar do seu lado

Senhor desde o ventre da minha mãe,
Eu sou povo exclusivo Seu,
 

Eu sou abençoado se vivo obediente
Mas todo dia o pecado vêm, me chama
Todo dia vêm as tentações, me chamam
Todo dia as propostas vêm, me chamam
Todo dia o pecado vêm


Mas eu escolho Deus,
Eu escolho ser amigo de Deus
Eu escolho Cristo todo dia,
Já morri pra minha vida e agora eu vivo a vida de Deus


Thalles Roberto

sábado, 28 de julho de 2012

O que é mais importante?

Perdoar ou pedir perdão?
Quem perdoa mostra que ainda crê no amor!
Quem perdoa mostra que ainda existe amor para quem crê.
Mas não importa saber qual das duas coisas é mais... 
É sempre importante saber que: Perdoar é o modo mais sublime de crescer e pedir perdão é o modo mais sublime de se levantar...

O que é mais: amar ou ser amado?
Amar significa tudo aquilo que todo mundo deve.
Ser amado significa tudo aquilo que todo mundo deseja.
Mas não importa saber qual das duas coisas é mais...
E sempre importa saber que; Ninguém pode querer amar sem se esquecer, e ninguém pode querer ser amado sem se lembrar de todos.

O que é mais: Abrir a porta ou abrir o coração?
Quem abre a porta mostra que vai receber alguém.
Quem abre o coração quer que ninguém fique fora.
Mas não importa saber qual das duas coisas é mais...
E sempre importa saber que: Abrir a porta é o modo mais delicado de ser bom e abrir o coração é o modo divino de amar...

O que é mais: Ir á lua ou ficar na terra?
Quem vai á lua vê mais um tanto de tudo que Deus fez.
Quem fica na terra vê mais um tanto do que o homem pode.
Mas não importa saber qual das duas coisas é mais...
E sempre importa saber que:
Quem vai à lua deve voltar à terra, e quem fica na terra deve ir aos outros...

O que é mais: Dar ou estender as mãos?
Quem dá mostra que se despoja de alguma coisa.
Quem estende as mãos mostra que quer alcançar alguém.
Mas não importa saber qual das duas coisas é mais...
E sempre importa saber que:
Dar é um gesto de bondade, e estender as mãos
É um gesto de bondade que sublima...


O que é mais; Levar rosas ou enxugar lágrimas?
Quem leva rosas mostra que se lembrou de alguém na felicidade.
Quem enxuga lágrimas mostra que não esqueceu de alguém na infelicidade.
Mas não importa saber qual das duas coisas é mais...
E sempre importa saber que:

Levar rosas é um gesto de amor que todo mundo faz e enxugar lágrimas é um gesto que só o AMOR faz a TODO mundo!...
                                                                 Autor Desconhecido

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Da vitória sobre si mesmo




Se qual for à coisa que eu crie e o amor que lhe tenha, em breve devo ser adversário, e o adversário do meu amor: assim quer minha vontade.

De tudo que sou tenho ou possa ser ou ter, serei um dia adversário de TUDO, por maior que seja o meu apego e minha paixão!

E tu também investigador, não és mais do que a senda e a pista a minha vontade: a minha vontade de domínio segue também os vestígios da tua vontade de verdade.

Investigar e buscar verdades – valores das quais lhes serei sempre adversário - é ainda minha vontade de poder, potência e domínio.

Certamente não encontrou verdade aquele que falava da "vontade de existir"; não há tal vontade. 

Porque o que não existe não pode querer; como poderia o que existe ainda desejar existência! 

Só há vida onde há vontade, não vontade de vida, mas como eu predico: vontade de (poder) domínio.

"O inimigo mais perigoso que você poderá encontrar será sempre você mesmo"
                                                                                                    Friedrich Nietzsche