domingo, 2 de janeiro de 2011

Partida


E então derrepente, o cavaleiro caiu. Sua espada e seu escudo ele os lançou à distância. Sua montaria, um belo corcel branco, assustado e sem saber o que fazer fugiu. Suas forças e coragem, num instante sumiram. Só as sombras o cercavam. E assim ele começou a vagar, vagou muito e por muitos anos. Até que um dia, num local muito distante, maltrapilho e entregue à bebida, uma alma bondosa o acolheu.

D´ele cuidou e uma grande amizade ai surgiu. Mas o cavaleiro mesmo assim definhava a olhos vistos. Um dia, preocupado com o estado de seu novo amigo, com todo o cuidado, perguntou-lhe o ocorrido. E com lágrimas que escorriam como um rio caudaloso, contou-lhe sua estória.

“Eu tinha um reino. E ele era maravilhoso. As flores lá nasciam e nunca mais morriam, as aves faziam festa e os animais cresciam forte e muito alegres. As fontes de água eram muitas e a terra, sem muito esforço, tudo dava. Mas tudo isso era graças a uma luz que a todo o meu reino iluminava. Era realmente o paraíso.

Mas um dia a luz se foi, e tudo mudou. As flores não brotaram mais, as aves se afastaram e os animais morreram. As fontes de água secaram e a terra virou pedra. Enquanto eu pude lutei com todas as minhas forças, mas o sol escureceu e ai tudo desapareceu”.

O amigo, maravilhado e triste ao mesmo tempo, perguntou-lhe se havia um jeito de encontrar novamente esta luz, para poder resolver todos estes problemas. Mas o cavaleiro disse que não havia como pois, a luz abandonou seu reino por vontade própria. Mas porque? Insistiu o amigo. O cavaleiro não soube responder.

Então triste e chateado por não poder ajudar aquele nobre cavaleiro, o amigo se calou. E calado eles ficaram por muito tempo. Noites e dias se passaram, até que, muito curioso o amigo perguntou ao cavaleiro o nome daquela luz que tanto bem fez. E o cavaleiro enchendo o peito falou:

 ...

J. D. Leão

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