quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Todo homem mata o objeto do seu amor


No entanto, todo homem mata aquilo que adora,

Que cada um deles seja ouvido.

Alguns procedem com dureza no olhar,

Outros com uma palavra lisonjeira.

O covarde fá-lo com um beijo,

Enquanto o bravo o faz com a espada!

Uns matam o próprio amor quando ainda jovens,

Outros o fazem na velhice;

Uns estrangulam com as mãos da luxúria,

Outros com a mão de Ouro,

O que é bondoso faz uso do punhal,

Porque a morte assim vem mais depressa.

Uns amam pouco tempo,outros demais,

Uns vendem,outros compram;

Alguns praticam a ação com muitas lágrimas

E outros sem um suspiro, sequer:

Pois todo o homem mata o objeto do seu amor

E, no entanto, nem todo homem é condenado à morte.
 

Oscar Wilde

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