segunda-feira, 25 de abril de 2011

Vandalismo



 
Meu coração tem catedrais imensas

Templos de priscas e longínquas datas,

Onde em nome de amor, em serenatas

Canta a aleluia virginal das crenças.



Na ogiva fúlgida e nas colunatas

Vertem lustrais irradiações intensas

Cintilações de lâmpadas suspensas

E as ametista e os florões e as pratas.



Com os velhos Templários medievais

Entrei um dia nessas catedrais

E nesses templos claros e risonhos...



E erguendo os gládios e brandindo as hastas,

No desespero dos iconoclastas

Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos!

Augusto dos Anjos

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