quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Como milho de pipoca

                                                    
"Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho por toda a sua vida."

Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo, fica do mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa. Só que elas não percebem. Acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo.

O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. DOR. Pode ser fogo de fora: perder um amor, pessoas queridas, o emprego, ficar pobre. Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão- sofrimento cujas causas ignoramos. Há sempre o recurso do remédio: Apagar o fogo! Sem fogo o sofrimento diminui. E, com isso a possibilidade da grande transformação também.

Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que não terá salvação. Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem prévio aviso, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece.

BUM! E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente que ela mesma nunca havia sonhado.

Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, recusam-se a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura. O destino delas é triste. Ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva. Não vão dar alegria para ninguém.

          Pensem nisso... A vida nos ensina muita coisa, basta querermos aprender. Devemos estar sempre abertos a mudanças, elas nos fazem crescer. Nada acontece por acaso...

 
 
Desconheço o autor.

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