sábado, 6 de agosto de 2011


"E considerou a cruel necessidade de amar.

Considerou a malignidade do nosso desejo de ser feliz.

Considerou a ferocidade com que queremos brincar.

E o número de vezes em que mataremos por amor".

Clarice Lispector

Macbeth


" Nada ganhamos, mas, ao contrário, tudo perdemos quando o que queríamos, obtemos sem nenhum contentamento.

Mais vale ser a vítima destruída do que, por a destruir; destruir com ela o gosto de viver.

Não nos preocupe o que não tem remédio. O que está feito, está feito".

Lady Macbeth

Shakespeare


“ Essa é a maravilhosa tolice do mundo: quando as coisas não nos correm bem – muitas vezes por culpa de nossos próprios excessos - pomos a culpa de nossos desastres no sol, na lua e nas estrelas, como se fôssemos celerados por necessidade, tolos por compulsão celeste, velhacos, ladrões e traidores pelo predomínio das esferas; bêbedos, mentirosos e adúlteros, pela obediência forçosa a influências planetárias, sendo toda nossa ruindade atribuída à influência divina...

Ótima escapatória para o homem, esse mestre da devassidão, responsabilizar as estrelas por sua natureza de bode.

Meu pai se juntou a minha mãe sob a cauda do Dragão e minha natividade se deu sob a Grande Ursa: de onde se segue que eu tenho de ser violento e lascivo.

Pelo pé de Deus! Eu teria sido o que sou, ainda que a mais virginal estrela do firmamento houvesse piscado por ocasião de minha bastardização.”

Edmundo, Rei Lear

Por que as pessoas GRITAM?


Um dia, um mestre indiano, preocupado com o comportamento dos seus discípulos, que viviam aos berros uns com os outros, fez a seguinte pergunta:

- Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas ou quando não se entendem?

- Gritamos porque perdemos a calma - disse um deles.

- Mas por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado? - questionou novamente o pensador.

- Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça - retrucou outro discípulo.

O mestre volta a perguntar:

- Não é possível falar com a outra pessoa em voz baixa?

Os alunos deram várias respostas, mas nenhuma delas convenceu o velho pensador, que esclareceu:

- O fato é que quando duas pessoas gritam é porque, quando estão aborrecidas, seus corações estão muito afastados. E, para cobrir esta distância, precisam gritar para que possam escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão de gritar, para que possam ouvir umas às outras, por causa da grande distância.

E continuou o sábio:

- Por outro lado, quando duas pessoas estão enamoradas, não gritam; falam suavemente. Por quê?

Porque seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena. As vezes, seus corações estão tão próximos que nem falam, somente sussurram. E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, o que basta. Seus corações se entendem. E justamente isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas.

Por fim, o pensador conclui, dizendo:

- Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará o dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta.

Desconheço o autor.

Significado de Desistir:



v.i. Não continuar, abster-se, renunciar.

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